Região
As mais antigas referências históricas que se conhecem da existência de vinho no que hoje é a Região dos Vinhos Verdes são dos romanos Séneca (filósofo) e Plínio (naturalista) e da legislação de Dominiciano, nos anos 96-51 a.C.. Foi no noroeste, no coração mais povoado de Portugal desde os tempos da alta idade média, que a densa população cedo se espalhou pelas leiras de uma terra muito retalhada. A partir do século XII existem já muitas referências à cultura da vinha, cujo incremento partiu da iniciativa das corporações religiosas a par da contribuição decisiva da Coroa Portuguesa. A viticultura terá permanecido incipiente até aos séculos XII-XIII, altura em que o vinho entrou definitivamente nos hábitos das populações do Entre-Douro-e-Minho. A própria expansão demográfica e económica, a intensificação da mercantilização da agricultura e a crescente circulação de moeda, fizeram do vinho uma importante e indispensável fonte de rendimento. Embora a sua exportação fosse ainda muito limitada, a história revela-nos que terão sido os Vinhos Verdes os primeiros vinhos portugueses conhecidos nos mercados europeus (Inglaterra, Flandres e Alemanha), principalmente os das regiões de Monção e Melgaço e da Ribeira de Lima. A orientação para a qualidade e a regulamentação da produção e comércio do Vinho Verde surgiriam no início do século XX, tendo a Carta de Lei de 18 de Setembro de 1908 e o Decreto de 1 de Outubro do mesmo ano, demarcado pela primeira vez a Região dos Vinhos Verdes.
SUB-REGIÃO DE BASTO
A sub-região de Basto é a mais interior da Região, encontrando-se a uma altitude média elevada, estando por isso resguardada dos ventos marítimos. O clima é mais agreste, Inverno frio e muito chuvoso (à parte do vale do Lima é onde mais chove em toda a Região) e o Verão bastante quente e seco, favorecendo castas de maturação tardia como é o Azal (branca), o Espadeiro e o Rabo-de-Anho (tintas). É nesta zona que a casta Azal atinge o seu máximo potencial e permite obter vinhos muito particulares, com aroma a limão e maçã verde, muito frescos. Existe ainda uma considerável produção de Vinhos Verdes tintos que apresentam muita vinosidade e uma boca cheia e fresca.